domingo, 16 de dezembro de 2018

REGRESSÃO DA MEMÓRIA



EMMANUEL

Se fomos trazidos à Terra para esquecer o nosso passado, valorizar o presente e preparar em nosso benefício o futuro
melhor, porque provocar a regressão da memória do que fomos ou fizemos, simplesmente por questões de curiosidade
vazia, ou buscar aqueles que foram nossos companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que hoje resgatamos?
A nossa própria existência atual nos apresentará as tarefas e provas que, em si, são a recapitulação de nosso passado em
nossas diversas vidas, ou mesmo, somente de nossa passagem última na Terra fixada no mundo físico, curso de regeneração em que estamos integrados nas chamadas provações de cada dia.
Porque efetuar a regressão da memória, unicamente para chorar a lembrança dos pretéritos episódios infelizes, ou
exibirmos grandeza ilusória em situações que, por simples desejo de leviana retomada de acontecimentos, fomos
protagonistas, se já sabemos, especialmente com Allan Kardec, que estamos eliminando gradativamente as nossas imperfeições naturais ou apagando o brilho falso de tantos descaminhos que apenas nos induzirão a erros que não mais desejamos repetir? Sejamos sinceros e lancemos um olhar para nossas tendências.

Emmanuel
(Pelo Médium Francisco Cândido Xavier)

domingo, 9 de dezembro de 2018

DRUIDA


 Tudo é possível no universo divino. Muitas das almas encarnadas no planeta Terra já viveram outras experiências no passado muito diferentes das suas realidades atuais, voltando a encarnar algumas vezes para evolução espiritual ou, ainda, ajudar na transição para esferas vibratórias mais sutis em que o planeta se encontra. E, como sabemos, nossa alma traz de outras vidas algumas características essenciais, que fazem parte da construção psicológica e mental da experiência que programamos viver agora. Claro que, grande parte daquilo que constrói a nossa mente e a sensação que adquirimos da vida vem das experiências individuais que acumulamos, porém, trazemos muitas inclinações e aptidões que foram desenvolvidas em vivências anteriores.
Se você se interessa por filosofia, pelo universo misterioso e oculto e tem uma ligação profunda com a natureza e a vida humana, você pode ter sido um sacerdote Druida no passado.
Falar dos Druidas no transporta a tempos muito antigos, milênios antes de Cristo, um universo tão mágico quanto real e que que está ligado ao nascimento da Europa.
Praticamente tudo que é conhecido sobre os Druidas foi relatado por historiadores gregos e romanos que tiveram contato com os celtas, nos séculos que antecederam ao cristianismo, que descreveram esses seres como poderosos sacerdotes, sábios, conselheiros, juristas, poetas, contadores de mitos e lendas e místicos, com uma tradição inspirada pela natureza.
Os Druidas eram uma classe muito especial da sociedade Celta, que estava organizada em torno de 3 camadas sociais: o rei, os Druidas e os homens, tendo os Druidas mais importância que os próprios reis e formando uma classe poderosa dentro da sociedade Celta. Considerados sábios filósofos e dotados de dons muito especiais, eram conselheiros de reis e sacerdotes que praticavam a tradição oral para transmitir sua sabedoria. Ou seja, não utilizavam a escrita, o que favorece todos os debates históricos e falta de consenso entre historiadores e estudiosos dessa cultura.
Os interesses Druidas giravam em torno da filosofia e o conhecimento sobre todas as disciplinas. Eles estudavam os movimentos dos corpos, astronomia, ervas, leis naturais e os poderes e habilidades dos deuses, bem como todos os mistérios que envolviam a criação como por exemplo a vida depois da morte. Sobre ela, construíram um conceito avançado sobre a imortalidade da alma e a vivência de múltiplas experiências em diferentes corpos que influenciava toda a cultura Celta.
Ainda hoje muitas escolas esotéricas e religiões partilham da ideia de existência cíclica, onde a consciência seria única, imortal e eterna, descendo em diferentes corpos com objetivos evolutivos. A influência Druida e Celta no mundo ocidental é grande, pois até mesmo o Cristianismo faz referência à essa cultura e internalizou algum de seus preceitos em sua cultura, mesmo após tantas perseguições após o domínio do Império Romano na Europa.

E ENTRE OS DRUIDAS, EXISTIA ALGUMA DIVISÃO?

Todas as classes Druidas tinham suas funções a cumprir, sendo as especificidades dessas atribuições diferentes entre as seis famílias conhecidas:
  • Druida Brithem: eram os juízes, únicos conhecedores das leis Celtas.Essa classe tinha função vital na sociedade, com a missão de resolver todos os problemas e impasses entre a população.
  • Druidas Filid: mais alta classe Druida, os Filid eram místicos, descendentes diretos do cosmos com a função de intermediar o contato com o universo espiritual. Possuíam status de sacerdote e poderes especiais como cura e premonições e podiam participar de julgamentos, onde estágio mais desenvolvido era o de Mago Branco. O lendário Mago Merlin teria sido um Druida Filid.
  • Druida Liang: conhecedores de ervas e botânica, eram os médicos da sociedade e sua função estava ligada à cura dos males que abatiam a saúde dos Celtas.
  • Druida Scelaige: como a escrita era tradicionalmente proibida, os Scelaige eram pessoas que tinham como função repetir a história dos Celtas e preservar a cultura, história e as tradições. Eram como professores, incumbidos de ensinar e passar adiante toda a sabedoria que haviam acumulado.
  • Druida Sencha: ao contrário dos Scelaige, os Sencha eram entidades que deviam compreender a realidade atual, entender os fatos que estavam ocorrendo e compor novas histórias. Possuíam muito prestígio já que dominavam também a tradição, mas traziam aquilo que era novo, informações e conhecimento sobre os elementos que ajudariam na perpetuação da cultura.
  • Druidas Poetas: grandes influenciadores da tradição Celta, os Druidas poetas eram responsáveis por decorar as histórias contadas pelos Scelaiges para transmitir ao povo.

O LENDÁRIO MERLIN: O MAIOR MAGO DE TODOS OS TEMPOS

Mago Merlin é uma figura mítica que aparece nas lendas e histórias sobre o Rei Artur, como seu conselheiro, mago e profeta. Criação do cronista medieval Godofredo de Monmouth, Merlin se torna uma figura pseudo-histórica quando Godofredo incorpora seus primeiros textos sobre o mago na obra História dos Reis da Bretanha.
Merlim é conselheiro de Uter Pendragão, sendo o artífice da união amorosa entre Uter e Igraine, pais do futuro Rei Artur, sendo seu futuro conselheiro também. É citado como responsável pelo transporte das pedras usadas na construção de Stonehenge, estrutura misteriosa composta por círculos concêntricos de pedras que chegam a ter 5 m de altura e a pesar quase 50 t e que, até hoje, desafiam a arquitetura e historiadores.
Merlin tinha a capacidade de conhecer o presente, passado e futuro e o poder de transformar-se em qualquer forma: feminina, masculina ou animal. Era muito respeitado pelos seus conhecimentos em alquimia e artes ocultas, muitos superiores a qualquer outro ser da época. Assim, era visto com um Deus pelos homens comuns, devido à tanta sabedoria e dons especiais.


O DRUIDISMO MODERNO

Como vimos, a proibição da escrita na tradição Druida fez com que pouco dessa cultura sobrevivesse até os dias de hoje. Após a dominação romana os Druidas foram perseguidos,
e, a partir do momento em que a sociedade Celta desaparece, os Druidas também encontram seu fim enquanto organização social. Mas, mesmo assim, os princípios druidas são citados posteriormente por diversas culturas que interagiram com os Celtas, fazendo-os sobreviver envoltos em muito mistério e misticismo até a modernidade.
Naturalmente o druidismo pressupõem uma flexibilidade grande, especialmente no que diz respeito aos ritos, dogmas e crenças, trazendo grande liberdade na prática atual e muitas diferenças entre as correntes que, devido à herança maçônica e hermética de muitas ordens druídicas modernas, alguns praticantes crêem que só há druidismo dentro dessas ordens. Foi somente a partir dos trabalhos recentes da Order of Bards, Ovates and Druids (OBOD) e também da British Druid Order (BDO) que esse quadro começou a mudar, tornando o druidismo acessível às pessoas.
A busca por uma vida melhor é um dos principais objetivos humanos, que se esforça em entender as questões sobre nossa complexa existência e trazer conforto espiritual. No druidismo, a ideia é utilizar o conhecimento para atingir um estado profundo de consciência que, por si só, é responsável por matar nosso vazio existencial e nos tornar pessoas melhores. Autoconhecimento é então a base do druidismo moderno, assim como o aprimoramento ético e espiritual individual: ao curar o indivíduo, cura-se também a comunidade.
Essa abertura de consciência liberta o espírito da dominação e manipulação que a sociedade impõe e devolve às nossas mãos o controle de nossas vidas.

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QUEM FOI ALLAN KARDEC E SUAS PRINCIPAIS OBRAS

Allan Kardec foi um dos maiores e mais importantes propagadores da doutrina espírita no mundo. Escritor, educador e tradutor francês, ele nasceu em Lyon, na França, em 03 de outubro 1804 e faleceu aos 65 anos, em 1869.
Seu nome de nascimento era Hippolyte Léon Denizard Rivali, sendo Allan Kardec um pseudônimo. Ele era filho de Jeanne Louise Buhamel e do juiz Jean-Baptiste Antoine Rivail, sendo ambos descendentes de famílias católicas antigas da região, mas isso não impediu que ele fosse criado no protestantismo

SUA VIDA

Allan Kardec começou seus estudos na sua cidade de nascimento e desde jovem mostrou que possuía inclinação para o estudo da filosofia e das ciências. Completou seus estudos no famoso Instituto de Educação Pestalozzi, em Yverdun, na Suíça, como pedagogo, em 1824.
Depois disso, quando retornou para Lyon, ele já dominava diversos idiomas e traduziu assim para o alemão diversas obras didáticas.
No ano de 1828, ele fundou junto de sua esposa, Amélie Gabrielle Boudet, um grande estabelecimento voltado para o ensino, onde ministrou aulas. No ano de 1830, ele alugou uma casa e ali passou a oferecer cursos gratuitos de Física, Química, Astronomia, Anatomia Comparada e muito mais.

O ESPIRITISMO NA VIDA DE ALLAN KARDEC

Por muitos anos, Allan Kardec foi secretário da Sociedade de Frenologia de Paris e assim passou a participar de forma ativa dos trabalhos da Sociedade do Magnetismo. Ali se dedicou a investigar o sonambulismo, o transe, a clarividência e também outros fenômenos.
Foi então, a partir de 1855, que ele começou suas experiências com a espiritualidade. Naquela época, na Europa passava a dar atenção aos fenômenos conhecidos como “espíritas”, e Hippolyte Léon Denizard Rivali abriu mão de sua identidade e suas atividades profissionais e passou a ser Allan Kardec, um nome que teria origem em suas encarnações anteriores.
Pouco tempo depois, em 1856, Kardec publicou, sob seu pseudônimo, “O Livro dos Espíritos” e ali expôs uma nova teoria da vida e também do destino humano. A publicação teve rápido sucesso de vendas e depois disso ele fundou a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas”, havendo sido presidente até sua morte.

AS OBRAS DE ALLAN KARDEC

Allan Kardec deixou onze publicações sobre o espiritismo, estando elas listadas abaixo:
  • Plano Proposto para Melhorias da Instrução Pública, 1828
  • Curso Prático e Teórico de Aritmética, 1824
  • Gramática Francesa Clássica, 1831
  • Catecismo Gramatical da Língua Francesa, 1848
  • Ditados Especiais Sobre as Dificuldades Ortográficas, 1849
  • O Livro dos Espíritos, Parte Filosófica, 1857
  • Revista Espírita, 1858
  • O Livro dos Médiuns, Parte Experimental e Científica, 1861
  • O Evangelho Segundo o Espiritismo, Parte Moral, 1864
  • O Céu e o Inferno, A justiça de Deus Segundo o Espiritismo,1865
  • A Gênese, os Milagres e as Predições, 1868